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Nota pública em defesa da liberdade acadêmica e da universidade pública

14/04/2025 09:08

O Departamento de História e o Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina vêm a público manifestar sua preocupação e repúdio diante do constante ataque que a Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) vem sendo vítima por parte de agentes públicos que utilizam seus mandatos para, com cinismo e oportunismo, atacarem os princípios de liberdade de pensamento, expressão e crítica que são pilares fundamentais do ensino universitário público no Brasil.     O último episódio, envolvendo um ataque direto ao Doutor Reinaldo Lindolfo Lohn, docente do Departamento de História da UDESC, nos leva à produção desta nota, não apenas como manifestação de nosso apoio a esse notável pesquisador e professor, mas como oportunidade de defender veemente os princípios universitários que a atuação do professor Reinaldo Lohn tão bem representa.

O ataque à Universidade alimenta-se da imagem de uma instituição isolada do mundo, perdida em discussões elitistas e desconectada da realidade circundante. Repudiamos veementemente essa figura distorcida da Universidade pública brasileira e catarinense, e lamentamos que seja às vezes sustentada e divulgada na mídia sem a mínima crítica. Nós denunciamos essa imagem como uma das grandes mentiras contadas e repetidas continuamente por pessoas que, travestidas de defensoras do “bem comum” e simulando ultraje moral, não buscam outra coisa senão visibilidade social e seu interesse individual. A universidade atua em vários campos, desde a tecnologia e as ciências, a educação e o debate público: a universidade está presente na indústria, na produção científica e na comunidade. Sua atuação é múltipla, plural e aberta.

O papel da universidade no Brasil – e da universidade pública em especial – sempre foi e será o de impulsionar a criatividade, a inovação, o exame e a crítica do conhecimento. O caráter inovador e criativo da universidade se expressa tanto no âmbito científico quanto na esfera dos costumes, das identidades, e da política em geral. Isso é verdade não apenas no campo das ciências humanas – alvo preferencial daqueles que atacam o ensino universitário – mas em todas as esferas de ensino e pesquisa universitária: A inovação – seja na tecnologia quanto na medicina ou na sociologia – implica o exame crítico das opiniões recebidas e das verdades estabelecidas; implica a experimentação, implica o erro, implica a autocrítica. Essas dimensões são inseparáveis: não é possível a inovação científica sem a liberdade e a pluralidade intelectual. Se essa liberdade e essa pluralidade são às vezes consideradas incômodas, podendo ser vistas mesmo como “perturbadoras da ordem”, são também necessárias para qualquer sociedade aberta, democrática e, sobretudo, inovadora.  Para que a missão pública, científica e civil da universidade seja cumprida de acordo, a defesa da liberdade de pensamento, expressão e debate público, envolvendo professores, estudantes e a comunidade, deve florescer sem medo de retaliações.

O ataque à UDESC – e, por meio dela, à própria ideia de Universidade – se utiliza do pretexto da defesa da “moralidade pública” para fomentar a perseguição de professores e estudantes, exigindo a repressão e a supressão de opiniões, propondo o constrangimento e o controle externo do que pode ser expressado e discutido publicamente nas instituições de ensino. Mas é preciso que se diga que, por meio do ataque à Universidade, o que se realiza de fato é um ataque geral à liberdade de pensamento e expressão em nossa sociedade. Quem se preocupa com essa liberdade, deve entender que a Universidade é o bastião mais importante e eficaz para a sua preservação.  Defender essa liberdade é não apenas proteger a dignidade da docência e da pesquisa, mas também preservar a própria democracia. O exercício crítico e argumentativo, inclusive em cerimônias solenes, não é uma concessão, mas parte integrante do compromisso da universidade com a formação cidadã, a justiça social e os direitos humanos.

Por fim, é preciso recordar que a história política de nosso país guarda episódios em que o cerceamento da liberdade de expressão e o silenciamento de vozes dissidentes contribuíram para o enfraquecimento da democracia. Hoje mesmo, em muitas partes do mundo, as universidades são alvo de ataque em nome do mesmo desejo de silenciamento, pelo mesmo autoritarismo. E é justamente para que tais práticas não voltem a ganhar um solo fértil em nosso país que se faz necessário reafirmar o valor da autonomia universitária e da liberdade crítica como pilares fundamentais da vida pública.

Rejeitamos, portanto, qualquer forma de intimidação política à Universidade pública e aos seus membros, e reafirmamos nosso compromisso com sua autonomia, com a liberdade de pensamento e com o papel essencial que ela desempenha na construção de uma sociedade plural, democrática e comprometida com o bem público.

Florianópolis, 13 de abril de 2025.

Departamento de História
Programa de Pós-Graduação em História

Universidade Federal de Santa Catarina

Tags: #Defesa da Universidade Pública

Processo Seletivo 2024-2025

31/08/2024 00:47

O Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina torna pública a abertura das inscrições para as provas de seleção aos Cursos de Pós-Graduação em História para o ano de 2025, em nível de Mestrado e Doutorado. São 18 vagas para o Mestrado e 18 vagas para o Doutorado (sendo 3 vagas para candidato(a)s autodeclarado(a)s negro(a)s, 1 vaga reservada para candidaturas de pessoas com deficiência e 1 vaga reservada para candidaturas de pessoas trans. Adicionalmente, haverá ainda 1 vaga para o Mestrado e 1 para o Doutorado destinado para candidaturas de pessoas indígenas, e 1 vaga para o Mestrado e 1 vaga para o Doutorado para candidaturas de pessoas estrangeiras. Mais detalhes podem ser encontrados nos editais publicados abaixo.

Período de inscrição: 01 a 29 de setembro de 2024.

Edital 004–  Mestrado (livre concorrência e ações afirmativas)

Edital 005 – Doutorado (livre concorrência e ações afirmativas)

Edital 006  –Candidaturas de pessoas autodeclarado(a)s indígenas

Edital 007 – Candidaturas de estrangeiros(as)

Resultado Final da seleção para o Edital 002/PPGH/2024 – Pós-Doutorado FAPESC

11/07/2024 14:07

O Programa de Pós-Graduação em História vem divulgar o resultado final da seleção para o preenchimento de 2 (duas) vagas para bolsistas de Pós-Doutorado, sendo 1 (uma) vaga para Pós-Doutorado Sênior (com Doutorado defendido antes de 2017) e 1 (uma) vaga para Pós-Doutorado Junior (com Doutorado defendido a partir de 2017).

A Comissão de seleção, formada pelos professores Alfredo Ricardo Silva Lopes, Dominique Vieira Coelho dos Santos e Samira P. Moretto, avaliou todas as candidaturas homologadas e as classificou de acordo com as tabelas abaixo:

Doutorado Senior
Nome Nota currículo Nota Média do Plano de Trabalho Média Final Classificação
Alexandre Karsburg 9,1 8,93 9,03 2
Cláudia Nichnig 10 8,66 9,46 1
Morgan Schmit 7,85 9,13 8,36 3
Nashla Gomozias 7 8,7 7,68 4
Doutorado Junior
Nome Nota currículo Nota média do Plano de trabalho Média Final Classificação
Angela Lima 8,07 8,66 8,3 6
Carlos Gianelli 7,78 7 7,47 11
Débora Nunes de Sá 7,75 8,33 7,98 9
Eloisa Rosalen 8,2 9,83 8,85 3
Esther Rossi 7,54 9,26 8,23 7
Fabiana Merencio 8,23 9 8,54 4
Luciana Mendes 7,95 8,16 8,03 8
Luisa Briggmann 7 7,5 7,2 13
Matheus Grein 7,04 8 7,42 12
Michele Cechinel 8,36 9,6 8,86 2
Rodolpho Bastos 10 7,83 9,13 1
Willian Conceição 7,54 8,33 7,86 10
Yarlenis Malfrán 8,24 8,46 8,33 5

PUBLICADO em 11/07/2024 14:00

Resultado Preliminar da seleção para o Edital 002/PPGH/2024 – Pós-Doutorado FAPESC

08/07/2024 16:14

O Programa de Pós-Graduação em História vem divulgar o resultado preliminar da seleção para o preenchimento de 2 (duas) vagas para bolsistas de Pós-Doutorado, sendo 1 (uma) vaga para Pós-Doutorado Sênior (com Doutorado defendido antes de 2017) e 1 (uma) vaga para Pós-Doutorado Junior (com Doutorado defendido a partir de 2017).

A Comissão de seleção, formada pelos professores Alfredo Ricardo Silva Lopes, Dominique Vieira Coelho dos Santos e Samira P. Moretto, avaliou todas as candidaturas homologadas e as classificou de acordo com as tabelas abaixo:

Doutorado Senior
Nome Nota currículo Nota Média do Plano de Trabalho Média Final Classificação
Alexandre Karsburg 9,1 8,93 9,03 2
Cláudia Nichnig 10 8,66 9,46 1
Morgan Schmit 7,85 9,13 8,36 3
Nashla Gomozias 7 8,7 7,68 4

 

Doutorado Junior
Nome Nota currículo Nota média do Plano de trabalho Média Final Classificação
Angela Lima 8,07 8,66 8,3 6
Carlos Gianelli 7,78 7 7,47 11
Débora Nunes de Sá 7,75 8,33 7,98 9
Eloisa Rosalen 8,2 9,83 8,85 3
Esther Rossi 7,54 9,26 8,23 7
Fabiana Merencio 8,23 9 8,54 4
Luciana Mendes 7,95 8,16 8,03 8
Luisa Briggmann 7 7,5 7,2 13
Matheus Grein 7,04 8 7,42 12
Michele Cechinel 8,36 9,6 8,86 2
Rodolpho Bastos 10 7,83 9,13 1
Willian Conceição 7,54 8,33 7,86 10
Yarlenis Malfrán 8,24 8,46 8,33 5

De acordo com o edital:

IX. Dos Recursos

  1. 9.1  – Os candidatos poderão interpor recurso do resultado do edital no prazo de 24 h úteis após apublicação do resultado final da etapa na página do Programa de Pós-Graduação em História Global
  2. 9.2  – Os recursos deverão ser apresentados de forma escrita e enviado para o e-mail:ppghst@contato.ufsc.br

PUBLICADO em 08/07/2024 16:15 hs.

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